Minas no Foco

Prefeitura de Araxá pagará 13º salário e abono natalino até dezembro

Mais de 300 cidades mineiras estão sem dinheiro para quitar compromissos com servidores

As informações que a administração municipal não pagará as remunerações de fim de ano não passam de boatos. O Sindicato dos Servidores Públicos municipais de Araxá e Região (Sinplalto), no Alto Paranaíba, esteve reunido com o secretário municipal de Fazenda e Planejamento, Fernandes Cândido de Barros, que garantiu que o município tem dinheiro em caixa para quitar os compromissos com os servidores.

A Prefeitura de Araxá pagará o 13º salário e abono natalino do funcionalismo público municipal até dezembro. O presidente do Sinplalto, José Oswaldo da Silveira, diz que o esforço do administração municipal deve ser reconhecido.

“Temos que enaltecer o esforço do prefeito Aracely em realizar uma gestão pública equilibrada mesmo diante a crise econômica que o país enfrenta. O 13º salário e abono natalino é uma conquista do servidor, garantida por lei municipal, mas temos conhecimento de municípios que não vão conseguir pagar esses benefícios em 2015. Já tivemos a garantia que até dezembro esses compromissos da administração municipal com os servidores serão quitados. O servidor pode ficar tranquilo. Não teremos atrasos”, afirma.

De acordo com José Oswaldo, a maioria dos prefeitos mineiros irá aguardar até o último instante para quitar o 13º salário. “Temos contatos diretos com outros sindicatos no Estado e são poucos os municípios que vão quitar a primeira parcela ainda em novembro. Araxá é um município privilegiado economicamente, mas temos que comemorar um ano onde os compromissos com o servidores foram cumpridos e não tivemos demissões no quadro geral. A gestão econômica adotado pelo prefeito Aracely proporcionou essa tranquilidade para a categoria e consideramos que 2015 foi um ano onde o servidor público foi valorizado, mesmo diante as dificuldades que o país vive”, ressalta o presidente do Sinplalto.

300 cidades mineiras sem dinheiro para 13º

Os cortes nos gastos correntes, como luz e água, o cancelamento de obras e as demissões de comissionados não foram suficientes para garantir que os municípios de Minas chegassem ao fim deste ano, marcado pela crise, com condições de pagar o 13° salário dos servidores em dia. Segundo levantamento da Associação Mineira de Municípios (AMM), 35% das 853 cidades do Estado não têm orçamento para arcar com o benefício.

O problema, no entanto, não está restrito a essas cerca de 300 prefeituras. Segundo a AMM, 43,9% dos municípios pesquisados disseram estar com dificuldades para pagar a folha de pagamento e o 13º juntos e podem ter que priorizar um ou outro.

De acordo com os administradores, a principal razão para o atraso é a queda dos repasses federais e estaduais, principalmente o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o primeiro repasse de novembro foi 19% menor em relação ao mesmo mês do ano passado. Essa transferência acontece duas vezes ao mês.

Ascom Sinplalto

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