Minas no Foco

Depois de muita polêmica, Comissão Processante é instaurada na Câmara

Vereador Romário foi o único a votar contra o projeto na Casa da Cidadania

Por Caio Ranieri

Foi aprovada por 14×1, a instalação da Comissão Processante (CP) na Câmara Municipal de Araxá, no Alto Paranaíba, proposta pela Vereadora Valeria Sena, para investigar as denúncias de falta de decoro parlamentar dos vereadores afastados, Amilton Marcos Moreira (Sargento Amilton) e José Gaspar Ferreira de Castro (Pezão).

Eles foram envolvidos nas investigações da Polícia Civil, sobre desvios de verbas na Santa Casa de Misericórdia para compra e venda de apoio político, ao ex-vereador e presidente da Câmara, Miguel Junior.

A votação para instaurar a CP foi rodeada de polêmicas, durante a Reunião Ordinária do legislativo municipal, causadas, principalmente, por uma proposta do Vereador Romário Gerson Galdino (Romário do Picolé), que queria que fossem abertas; uma Comissão para Sargento Amilton e uma para Pezão. Caso isso acontecesse, o projeto da Vereadora Valeria não teria validade e a CP não seria instalada.

Por 10×4, a proposta de Romário foi derrotada e em virtude disso, ele foi o único que votou contra a abertura da Comissão, conforme o pedido de Valéria Sena. Ele explicou seu posicionamento para a imprensa.

“A denúncia tem vício da forma que foi feita e deixa os vereadores num labirinto caso queira votar a favor de um e contra o outro e não tem como. Tem que ser clara a forma de aceite das denúncias. Eu considero que as denúncias contra o vereador Pezão eram infundadas para abertura da Comissão Processante contra ele, diferente do Amilton, que eu considero que as denúncias são fundadas para recebimento da denúncia. Eu queria votar de forma diferenciada para os dois casos”, disse.

Logo após ser instalada a CP, foi feito o sorteio dos vereadores que vão conduzir os trabalhos. Foram sorteados Credinéia Maria dos Santos (Neia da Uninorte), Onilda Soares e por ironia do destino, o vereador Romário, que foi contra a abertura. “Agora é obrigação, uma vez que eu fui designado para isso, é uma obrigação minha estar comprometido com a apuração”, aponta Romário.

Como suplentes na CP estão Alexandre Carneiro de Paula (Alexandre dos Irmãos Paula), Fabiano Santos Cunha e João Bosco Borges. Agora, a Comissão Processante deve definir o presidente, relator e membro e o cronograma de oitivas e trabalhos nessa investigação.

Vale ressaltar que para a votação da CP, Valéria Sena, autora, Jairo Sávio Borges e Adolfo Mauricio da Silva (Adolfo Segurança), partes interessadas, foram substituídos pelos suplentes, Miguel Enfermeiro, Evaldo do Ferrocarril e Edinho Souza.

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