Minas no Foco

Cinco escolas de samba apresentam, em tema único, a história dos 150 anos de Araxá

A primeira a entrar na avenida foi a campeã do ano passado, Unidos do Morro

Por Janaína Silva

Cada uma teve quarenta e cinco minutos para mostrar para o público, de quase dez mil pessoas, e aos nove jurados, a visão dos carnavalescos das cinco agremiações sobre o sesquicentenário de Araxá, no Alto Paranaíba, comemorado em 2015. Num ano com mudanças da maior festa popular do país o Carnaval de Rua de Araxá voltou para o Centro da cidade.

Na avenida Getúlio Vargas, a primeira escola de samba a entrar na avenida foi a representante do setor norte, a Escola de Samba Unidos do Morro, campeã do ano passado, que contou a história do bairro mais populoso de Araxá, o Urciano Lemos.

Com mais de cento e oitenta componentes a junção de cores apresentada pela escola, desde a comissão de frente aos carros alegóricos, chamou a atenção do público. O presidente da escola, João Bia, como é conhecido na comunidade, disse que tudo saiu como o esperado. “O desfile aconteceu da melhor forma possível. A história do Urciano é muito rica, e o que nós aguardamos agora é o resultado e a conquista do segundo título”, relatou.

A Grêmio Recreativo Escola de Samba São Pedro contou a história de pessoas populares no município, como saudoso Tigrão que chamava a atenção por onde passava com uma farda de militar e Dona Pirola.

Relato apresentado em sete alas e três carros alegóricos. A comissão fez uma releitura aos cabarés e apresentaram uma coreografia única. O casal de mestre sala e porta bandeira apresentavam as coes da escola, verde e rosa. E mostrando que o sol é visto primeiramente de Araxá uma ala coreografada, e na cabeça dos participantes, raios solares.

Com cento e cinquenta componentes a Escola de Samba Cinderela, do bairro Alvorada, foi a terceira a entrar a apresentar a história de Araxá. De Dona Beja, na comissão de frente, a religiosidade no primeiro carro alegórico, a bateria homenageando os índios Arachás, as baianas foram uma das mais belas atrações com vestidos nas cores dourada e vermelho. Os carnavalescos relataram parte dessa grande história e encerraram parabenizando a cidade. “Esse amor pelo Carnaval é o que move cada um de nós aqui da Cinderela”, conta um dos carnavalescos, Sidney Manoel.

Acadêmicos de Santo Antonio levantou o público na avenida com mais de duzentos e cinquenta integrantes, contando trechos da história de Araxá. A comissão de frente contando o início de tudo, com índios com vestimenta em vários tons de verde, apresentando a cidade. As baianas representavam a realeza, com um turbante branco e luzes fluorescentes, em um dos quatro carros alegóricos uma charrete levava Dona Beja; em outro a tradição do Carnaval na cidade, dedicado ao samba.

A União foi a última a desfilar no sábado (14) e homenageou as riquezas de Araxá como seu Atanagildo Cortes o mestre da comunicação falecido há um ano, e Domingos Santos que destacou na política araxaense.

“Tinha muito tempo que não vinha assistir o Carnaval em Araxá, mas este ano as escolas me surpreenderam. Me emocionei as escolas com tanto glamour, elas evoluíram muito, com fantasias a nível de São Paulo”, contou Leyslen Candido, turista de Santo André, São Paulo.

Na manhã quarta feira, 18, a grande campeã será conhecida.

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