Minas no Foco

Cemig projeta quase R$ 3 bi para plano de investimento em 2021

Índice que mede duração de interrupções na rede da distribuidora mostra que impacto na qualidade do fornecimento já pode ser sentido

A Cemig prevê, para este ano, investimento de quase R$ 3 bilhões como parte do plano de investimento da companhia para modernização da rede e, principalmente, melhorar o serviço prestado aos mineiros. O valor representa R$ 1 bilhão a mais que o registrado no ano passado, e é viabilizado a partir do crescimento de 80% na arrecadação da empresa, que reverte o desempenho para aprimoramento da rede de atendimento.

“A retomada da economia do país, após a forte influência da pandemia, associada à gestão profissionalizada do negócio, tem trazido os resultados almejados pela atual administração, garantindo os investimentos para o fortalecimento da rede de atendimento ao cliente de Minas Gerais”, avalia o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho.

Até 2025, serão investidos R$ 22,5 bilhões em geração, transmissão e distribuição de energia, geração distribuída e comercialização de gás. Apenas no sistema elétrico de distribuição, que atende mais de 8,7 milhões de clientes, serão R$ 12,5 bilhões em investimentos, com foco na modernização da rede, de forma a induzir o desenvolvimento econômico do estado de Minas Gerais.

O impacto na qualidade do fornecimento de energia aos clientes já pode ser sentido com a melhoria contínua do DECi, índice que mede a duração equivalente por consumidor das interrupções de energia na rede da distribuidora. No período de julho do ano passado a junho deste ano, o índice foi de 9,46 horas, abaixo do registrado em 2020, de 9,57 horas, o menor da história da Cemig.

Reajuste zero

Neste ano, assim como no ano passado, a Cemig submeteu à Aneel proposta de antecipação da devolução para os consumidores da área de concessão da Cemig Distribuição. Dessa forma, a companhia devolveu cerca de R$ 1,5 bilhão aos seus clientes como parte dos recursos levantados judicialmente em função do trânsito em julgado da ação que questionou a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS-Pasep/Cofins das faturas de energia.

Em 2020, os clientes residenciais – atendidos em baixa tensão – tiveram uma redução média de 1,68% nas tarifas de energia, quando foram devolvidos R$ 714,4 milhões aos mineiros. O reajuste médio das tarifas da Cemig, que considera todas as classes de consumo, foi de 1,28%, bem inferior ao das outras distribuidoras em 2021.

Dessa forma, se não fosse a devolução dos recursos aos clientes solicitada pela Cemig, o reajuste tarifário para os mineiros deveria seguir o de outras distribuidoras do país, que superaram o percentual de 10% de aumento em 2021. Em vez de reajuste zero, os clientes residenciais de Minas Gerais teriam percebido um aumento de 2,54%, em 2020, e de 9,59%, neste ano.

Quando a conta chega ao consumidor, ele paga pela compra da energia (custos de geração), pelo transporte (custos de transmissão) e pela entrega (custos de distribuição), além de encargos setoriais e tributos. Do total, 21,9% ficam na Cemig Distribuição, que são utilizados para remunerar o investimento, cobrir a depreciação dos ativos e outros custos da empresa.

Grupo Cemig

O grupo Cemig é composto por 177 empresas, nove consórcios e dois fundos de Investimentos em participações. Atua nos segmentos de geração, distribuição, transmissão e comercialização de energia elétrica, além da distribuição de gás natural.

A empresa possui mais de 8,7 milhões de clientes em 774 municípios de Minas Gerais. É também a maior comercializadora de energia do Brasil e está na lista das maiores geradoras e transmissoras do país.

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