Minas no Foco

Polícia Civil realiza operação contra agentes políticos de Perdizes por coação e compra de votos

Operação Voto de Cabresto investigou ação de funcionários públicos por ilícitos eleitorais

Foto: Júlio Reis

A 7ª Delegacia de Polícia Civil de Perdizes (MG), chefiada pelo Delegado Regional Vitor Hugo Heisler, coordenada pelo Delegado Rafael Pereira Silva Gallo, e o Ministério Público Eleitoral do Estado de Minas Gerais, coordenado pela Promotora de Justiça Bárbara Francine Prette Nunes, deflagraram na cidade de Perdizes a Operação “Voto de Cabresto”.

A ação visa combater um grupo criminoso acusado da prática de inúmeros ilícitos eleitorais. Durante as investigações foi possível apurar que este grupo estaria usando a máquina pública municipal para deturpar o processo eleitoral, ao supostamente coagir e induzir outros servidores, em especial funcionários comissionados, a votarem na candidatura do atual Vice-prefeito de Perdizes (MG) ao cargo de Prefeito.

Durante as diligências foi também revelado que o Vice-prefeito de Perdizes e seus apoiadores teriam fornecido materiais de construção, como tijolos, cimento, areia, telhas e portas, para eleitores em troca de voto. Durante a operação foram cumpridos três mandados de prisão temporária, expedidos em face do Vice-prefeito e de dois funcionários da Prefeitura de Perdizes, acusados de utilizarem de poder econômico e de influência política para ocultar provas e dificultar as investigações.

Imagem extraída de vídeo em redes sociais

Também foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, incluindo buscas na casa de dois vereadores de Perdizes. Foram recolhidos documentos, dinheiro, aparelhos celulares e computadores, supostamente utilizados no desenvolvimento das atividades ilícitas, o que comprovadamente, deturpa o sistema eleitoral e o livre exercício do voto.

Buscas também foram feitas na Prefeitura Municipal, na Câmara Municipal de Perdizes, e ainda em dois estabelecimentos comerciais. Participaram da operação “Voto de Cabresto” mais de 20 policiais civis pertencentes ao Departamento de Polícia Civil de Uberaba-MG e 18 policiais civis da CORE/PCMG (Coordenadoria de Recursos Especiais).

O nome da operação faz referência ao mecanismo de acesso aos cargos eletivos por meio da compra de voto com a utilização da máquina pública e ainda ao uso de coação e ameaças para que eleitores apoiem determinado candidato.

Ascom Polícia Civil de Minas Gerais

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