Minas no Foco

Debate sobre literatura marca abertura de 3º Fliaraxá

O evento reúne grandes nomes da literatura, fotografia e teatro

Por Wallace Coelho

Um embarque no mundo das letras, a bordo da velha estação ferroviária. Na manhã desta quinta-feira (09), foi dado o pontapé inicial para o Festival Literário em Araxá (Fliaraxá 2014), no Alto Paranaíba. A terceira edição tem como tema “Leitura por um mundo melhor” e acontece na Fundação Cultural Calmon Barreto (FCCB), até domingo (12).

O público encontra dos títulos infantis ao adulto. São 80 mil exemplares a venda durante o período. Percorrendo as prateleiras da livraria instalada no pátio da Fundação, a administradora de empresas, Taís Viriato encontrou o endereço certo para aproximar ainda mais os filhos da cultura. “Eu já participei no ano passado com as minhas crianças. Eles amam livro e eu incentivo bastante. A cidade está de parabéns por esse vento maravilhoso”.

A programação do III Fliaraxá inclui palestras e oficinas a cargo de escritores, jornalistas, artistas e pensadores como Affonso Romano de Sant’Anna, Alexandre Borges, Clóvis de Barros Filho, Chico dos Bonecos, Daniel Mordizinski, Eliane Brum, Elisa Freixo, Eduardo Moscovis, Zuenir Ventura, dentre outros.

A abertura aconteceu por volta das 11h30. O romancista Luiz Ruffato, autor de nove obras que seguem o estilo e de um poema, foi um dos convidados. No discurso falou sobre a literatura na construção do país. “A partir desse diálogo que se estabelece entre os escritores e leitores, a gente possa realmente pensar em melhorar os índices de leitura no Brasil, que é baixíssimo. Quando ampliamos os números, aumentamos também a cidadania. O objetivo maior de eventos como este, é desenvolver a participação do brasileiro na sociedade”.

O escritor Humberto Werneck, cronista do Jornal Estado de São Paulo, autor da obra ‘Desatino da Rapaziada’ publicado em 1992 e responsável pela publicação de outros sete livros de sucesso, é um dos mediadores dos debates que serão promovidos nos quatro dias.

Em entrevista ao Minas no Foco ele reforçou a necessidade do contato com quem escreve. “O mais importante mesmo é a formação do jovem leitor. A literatura em outros tempos, parecida como aquela coisa que estava nas alturas. Na minha infância em Belo Horizonte havia uma distância enorme. Hoje não existe, porque quando acontece o contato acaba essa separação”.

Devem passar pelo evento cerca de 10 mil pessoas. Segundo o organizador do Fliaraxá, Afonso Borges, a variedade de atrações em 2014 foi feita pensando em solidificar o trabalho desenvolvido nos últimos anos.

“Agora é o momento de afirmação. Será a hora de mostrar de forma muito positiva como o Festival pode interagir com a comunidade. Por isso, existe essa ligação com o teatro, fotografia e aula. Esperamos que a população esteja presente de forma continuada. Porque é muito raro a cidade receber tantos autores com tanto conteúdo e substância”.

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