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Com poucas doses da vacina pentavalente, Bambuí pede atenção dos pais

Responsáveis devem entrar em contato com a UBS para saber da disponibilidade e recebimento de novas doses

Bambuí, assim como os outros municípios brasileiros, está enfrentando problemas com a falta da vacina pentavalente, destinada às crianças recém nascidas. O Governo Federal e o Estado não estão conseguindo repassar a quantidade necessária para a imunização contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e a bactéria Haemophilus influenzae tipo B.

Segundo nota emitida pela Secretária de Saúde da cidade, a vacina é importada e há problema no fornecimento da fabricante. Os repasses das doses para os municípios foram reduzidos para que todas as cidades recebessem algumas doses e pudessem já imunizar algumas crianças. A recomendação feita em Bambuí é para que os pais continuem fazendo contato com as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade para verificar se a vacina chegou, e assim, imunizar os bebês.

Entenda o caso

O Ministério da Saúde se reuniu, nessa semana em Brasília com representantes de laboratórios públicos nacionais com objetivo de traçar estratégias para produção nacional da vacina pentavalente. Atualmente, o Brasil não produz a vacina e compra de laboratórios internacionais. O objetivo é buscar uma medida sustentável para garantir o abastecimento da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) e manter a população protegida contra doenças.

Durante a reunião, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, ouviu técnicos dos laboratórios públicos Butantan, Bio-Manguinhos, Tecpar e Fiocruz e propôs ideias diante do problema da escassez de fornecedores internacionais para aquisição de vacina.

De acordo com Wanderson de Oliveira, é preciso automatizar a cadeia produtiva brasileira de soros e vacinas para que haja autonomia, sustentabilidade e construir uma política de planejamento, expansão e monitoramento. “Um parque produtor forte representa um país forte. É necessário buscar medidas sustentáveis para garantir a oferta de vacinas no SUS e proteger a população contra doenças que podem ser evitadas com efetiva imunização”, destacou.

A pasta trabalha na regularização da distribuição da vacina pentavalente que previne contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae B. Neste mês, foi possível antecipar o cronograma de distribuição do imunobiológico.

De um total de 800 mil doses previstas para regularizar a distribuição nacional, a pasta já enviou metade, ou seja, 440 mil, no início de outubro e a outra metade está prevista para ser enviada no final do mês. A expectativa é que a partir de novembro, o Ministério da Saúde consiga regularizar a distribuição aos estados.

O sistema de vigilância em saúde monitora continuamente os estoques de vacinas, investiga o quantitativo distribuído aos estados e planeja, neste momento, o reabastecimento dos estoques de rotina, extra-rotina e emergência.

Vale lembrar que a remessa de vacina Pentavalente, adquirida por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), foi reprovada em teste de qualidade feito pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por este motivo, as compras com o antigo fornecedor, a indiana Biologicals E. Limited, foram interrompidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que pré-qualifica os laboratórios.

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