Minas no Foco

Bombeiros pedem atenção redobrada a banhistas no período de férias

Foram 378 pessoas mortes por afogamento no Estado em 2015, sendo a segunda maior causa de óbitos por acidentes em Minas Gerais

O período de férias, em especial o verão, requer cuidados para evitar acidentes aquáticos. O calor típico da estação reforça a procura por cachoeiras, rios e lagos. Em 2015, o Corpo de Bombeiros registrou 378 afogamentos e, somente nos primeiros dias deste ano, mais de quinze pessoas morreram afogadas no Estado.

De acordo com o capitão Thiago Miranda, do Corpo de Bombeiros, o afogamento é a segunda maior causa de mortes por acidentes em Minas Gerais, perdendo somente para os automobilísticos. A ingestão de bebidas alcoólicas, por sua vez, é o principal causador de morte por afogamento em adultos.

O capitão explica que, embora a falta de conhecimentos de natação pareça ser determinante para causar os afogamentos, os acidentes também ocorrem com pessoas que sabem nadar.

“Ao tentar auxiliar outras pessoas, muita gente corre risco e acaba sofrendo o acidente também. Já registramos casos em que duas pessoas de uma mesma família morreram tentando salvar outra. Por isso, somente se tiver preparo é que se deve auxiliar alguém em dificuldade na água. Caso contrário, é preferível jogar objetos, como cordas, boias e galhos, para que a vítima possa agarrar e se salvar”, ressalta.

Ainda segundo Miranda, o Corpo de Bombeiros tem intensificado as fiscalizações nos principais pontos de turismo aquático, principalmente nos finais de semana e feriados. Para isso, são montados postos de fiscalizações, há a distribuição de panfletos informativos e os banhistas também são orientados. “Aproveitamos também as redes sociais para divulgar alertas e dicas, já que são mídias de fácil acesso e que abrangem diversos tipos de público”, comenta.

Prevenção

De acordo com o Sargento do Corpo de Bombeiros de Uberlândia, Adelso Alves, é preciso incentivar a população a aprender a natação, também como forma de autoproteção. Por isso, o Corpo de Bombeiros, por meio do Programa de Divulgação da Natação (Prodinata), oferece aulas básicas para crianças, acima de sete anos, adolescentes e adultos interessados em aprender a nadar. O curso tem valor de R$ 32,00 (trinta e dois reais) e as inscrições podem ser feitas do dia 1º ao dia 10 de cada mês.

No batalhão do Corpo de Bombeiros de Uberlândia, as aulas são ministradas três vezes por semana e a duração do curso é de seis meses. “Além das modalidades de nado, ensinamos noções de primeiros socorros em caso de afogamento e práticas de salvamento. A nova turma inicia as aulas em fevereiro”, comenta.

Os interessados em fazer o curso podem procurar a unidade do Corpo de Bombeiros mais próxima, pelo site http://www.bombeiros.mg.gov.br/. Para se inscrever, é preciso apresentar: xerox da carteira de identidade, CPF ou certidão de nascimento da criança e de seus responsáveis; atestado médico para a prática da atividade; duas fotos 3×4 e a ficha de inscrição preenchida, que pode ser impressa também pelo site.

O Corpo de Bombeiros oferece isenção àqueles que não podem pagar a taxa de R$ 32. Neste caso, os interessados passam por uma triagem, para aprovação da vaga gratuita.

Recomendações

  • Piscinas

As piscinas são grandes atrativos para crianças. Por isso, estes locais devem ser devidamente isolados com barreiras físicas como grades e muros, e guarnecidas com portões que se fecham automaticamente. Os ralos do sistema de bombeamento e filtragem devem ser seguros para evitar sucção de cabelos, por exemplo. Outra dica importante é não utilizar objetos de vidro nas imediações das piscinas.

  • Praias

É preciso ensinar as crianças o significado de toda a sinalização, como placas e bandeiras feitas pelo guarda-vidas ou bombeiro militar. Em locais desconhecidos, o ideal é consultar o guarda-vidas sobre o local, identificando assim as áreas mais seguras e adequadas para o banho.

  • Cachoeiras

Estes locais costumam ter muitas pedras soltas e a presença de Limo (lodo), que deixam o local escorregadio e propício às quedas. Além disso, não é recomendado saltar em locais desconhecidos, pois, em caso de choque, há um grave risco de lesões na coluna vertebral, braços e pernas, que podem deixar sequelas gravíssimas.

Agência Minas

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