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Árvores próximas ao Cemitério das Paineiras são avaliadas e laudo confirma larvas de besouro que corrói tronco

Laudo atestou que as duas árvores estão com as raízes comprometidas, com risco eminente de queda

A Prefeitura de Araxá, no Alto Paranaíba, fez vistoria técnica nas duas paineiras que ficam em frente ao Velório Municipal Passo da Saudade e na estrada do Cemitério das Paineiras.

O Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá (IPDSA) elaborou laudo técnico confirmando presença de larvas do besouro gigante metálico, conhecido cientificamente como Euchorma Gigantea, espécie endêmica do Brasil, que ataca indivíduos da família Bombacaceae (paineiras, mongubas, castanha-do-maranhão, etc) no tronco de uma das árvores.

O laudo também ressalta que, em relação a árvore localizada em frente ao Passo da Saudade, não foi verificado larvas no tronco e, nem vestígios, porém a mesma já apresentava vários galhos lascados na copa, locais propícios para as fêmeas dos besouros colocarem os ovos.

O superintendente do IPDSA, Ricardo Manoel de Oliveira, reforça que, entre as principais medidas de controle do besouro uma delas é a captura de insetos adultos para reduzir a população do besouro gigante, na cidade. Ele acrescenta que ainda não se descobriu inseticida ou método eficiente para combater os insetos.

“O acompanhamento que está sendo feito se refere a identificação da larva do besouro gigante, identificando em que partes estão presentes, principalmente no tronco. A larva pode entrar por cima da árvore e a tendência dela é caminhar para as raízes, abrindo galerias, comendo a madeira, produzindo e acumulando serragens. A avaliação inclui a forma de como a madeira foi sendo danificada, porque o impacto é silencioso. Você olha a árvore, ela está frondosa e com frutos, mas sendo corroída. A corrosão é muito rápida e traz um risco potencial para as pessoas e para o patrimônio”, reitera o superintendente.

De acordo ainda com o laudo técnico, as larvas destroem o sistema de raízes e deixam as árvores sem sustentação, caindo facilmente pela ação do vento e chuva. “As árvores possuem aproximadamente 90 anos, já passaram por diversas podas em seu caule. Foram encontradas diversas larvas de besouro metálico gigante nos galhos caídos. Verificou-se que os galhos estavam ocos, com presença de serragem e fezes de larvas”, aborda.

“Nesse ataque específico de ataque de besouro”, explica o superintendente, “ele acontece nas paineiras e nas mongubas, espécie não existente em Araxá. Pretendemos continuar com o levantamento de quantas árvores estão em risco com esse ataque de larvas produzidas pelo besouro gigante para avaliar a necessidade ou não da supressão”, finaliza.

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